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Thursday, October 18, 2007

Sociedades Ribatejanas

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Noticia do Jornal "O MIRANTE"

SECÇÃO: Sociedade
"Autarcas consideram abusiva atitude do presidente da câmara António Rodrigues
Câmara de Torres Novas pôs canil a funcionar sem informar os outros municípios parceiros
A inauguração com pompa e circunstância decorreu na sexta-feira, mas o equipamento já funcionava há meses.
O canil intermunicipal de Alcanena, Entroncamento, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha foi inaugurado com pompa e circunstância na sexta-feira passada mas há seis meses que as celas já têm canídeos, capturados e colocados ali pelo município de Torres Novas.
Uma situação desconhecida dos municípios parceiros que a O MIRANTE manifestaram o seu desagrado pelo que chamam de “utilização abusiva” da autarquia torrejana.
O vice-presidente da Câmara do Entroncamento ficou “surpreendido e admirado” com o facto de o canil se encontrar em pleno funcionamento, “já com muitos animais”, no dia da inauguração. Luís Boavida (PSD), vereador do pelouro que representou o município na cerimónia, considera que o procedimento por parte da autarquia de Torres Novas foi “menos correcto”, até porque o canil do Entroncamento tem cerca de 80 canídeos a viver em “más condições” e aguardava a abertura do novo espaço para ali colocar alguns.
Nas celas do canil intermunicipal, situado na freguesia de Parceiros de Igreja, estavam 43 cães e cinco gatos na sexta-feira passada. Mas, segundo um dos funcionários, o canil já chegou a albergar mais de cem animais, todos capturados no concelho de Torres Novas. A autarquia promoveu inclusive uma campanha pública de adopção que possibilitou a doação de dezenas de animais. Uma acção feita sem qualquer conhecimento oficial dos municípios parceiros, que aguardavam pela possibilidade de enviarem parte dos seus canídeos para o canil.
Foi através dessa campanha que Luís Azevedo, presidente da Câmara de Alcanena, ficou a saber que o canil estava oficiosamente aberto e cheio de animais. Uma situação que lhe desagradou e o levou mesmo a chamar a atenção ao seu colega de Torres Novas. “Na altura disse-lhe que considerava a sua atitude pouco correcta porque o canil é intermunicipal, não estando por isso ao serviço exclusivo da Câmara de Torres Novas”, confirmou Luís Azevedo ao nosso jornal.
Foi por uma “urgência” que o presidente da Câmara da Barquinha ficou a saber que o canil estava a funcionar há meses.
Miguel Pombeiro confessou ao nosso jornal ter “tomado a iniciativa” de contactar a autarquia de Torres Novas para averiguar da possibilidade de colocar no novo canil cinco cães. É por isso que no dia da inauguração a única excepção à hegemonia canídea torrejana era protagonizada pelos cães vindos da Barquinha.
O último documento oficial sobre o processo do canil intermunicipal foi a proposta de regulamento do canil/gatil, efectuada pela empresa consultora João de Bianchi Villar, aprovada primeiro nas reuniões dos executivos e posteriormente nas assembleias municipais.
O desconhecimento do processo por parte dos parceiros motivou até uma situação caricata – a Câmara do Entroncamento adquiriu recentemente um atrelado para utilizar como meio de transporte dos cães para Parceiros de Igreja simplesmente porque não sabia que Torres Novas, a câmara que ficou encarregue da gestão do canil, tinha já adquirido um veículo para o efeito. “Se soubéssemos não tínhamos gasto o dinheiro no atrelado”, diz o vice-presidente do município do Entroncamento."
Por: Margarida Cabeleira