O FREGUÊS DAS FAZENDAS

Wednesday, October 03, 2007

Novos aprendizes têm razão

Resposta ao artigo intitulado “ Os velhos mestres têm sempre razão”, dos senhores presidentes da Câmara Municipal de Almeirim, Da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim e Sr. Domingos Martins, publicado na edição de 1 de Setembro de 2007 do "Almeirinense", que não foi publicada pelo mesmo.


Porque será que os “NOVOS APRENDIZES” têm razão?

Pensava eu que andava a "falar" para o ar! "Afinal parece que estou a incomodar...e é inútil mandarem-me calar" como diz o Velho Mestre Manuel Alegre!
Isto tudo a propósito de sentir a obrigação e o dever na defesa do meu bom nome e da minha família, da honra pessoal e profissional.
Por isso, recorro ao direito que me assiste de responder ao "despropósito" de um artigo de "opinião" subscrito pelos Presidente da Câmara, Presidente da Junta de Fazendas e Domingos Martins, tendo os primeiros usado indevidamente o lugar político que ocupam, num claro abuso de poder e intimidação reflectindo algum "nervosismo" que de repente, os atingiu.
Uma das coisas que mais gosto na vida é de ouvir gente que tem histórias para contar, que as conta e que as sabe contar. Acontece que, quer o cidadão José Gomes que foi eleito para Presidente da Câmara de Almeirim, quer o cidadão Eng.º Martins, eleito para Presidente da Junta de Fazendas, tanto quanto sei não são grandes contadores de histórias, e, de acordo com a Lei "contar histórias não integram as competências políticas desses cargos".
Parece difícil, mas o Presidente da Câmara tem de entender que, em democracia não existe "crime por emitir opiniões" e que a essência do regime democrático é precisamente podermos exprimir livremente a nossa opinião, ou não será assim?
Nestes termos, aconselho-o a ser mais comedido nas suas afirmações e "deixar" essa atitude de "coitadinho e vítima" que anda a ser “perseguido” pelo Dr. Vitor Figueiredo.
O Presidente da Câmara é eleito para liderar o desenvolvimento económico e social com vista ao bem-estar da população e não para se deixar "emaranhar" na defesa de interesses particulares que apenas prejudicam seriamente o Concelho. Não acredito que ainda não tenha entendido isso...
MAS PASSAMOS AS FACTOS:
1º Caso - Tribunal de Almeirim - O senhor pensa que "uma mentira tantas vezes dita, acaba por ser entendida como verdade", está enganado e que, pela última vez, fique bem esclarecido que Vítor Figueiredo nunca defendeu a saída do Tribunal de Almeirim; pelo contrário, foi o senhor que até desistiu dos seus compromissos de construir o edifício na Zona Norte, estando actualmente esse terreno ocupado com o "jogo da petanca".
Será que esqueceu este compromisso para com a população de Almeirim?
Não será por falta de meios financeiros, para quem não se importa de "comprometer as gerações de Almeirinenses a suportar mais de 220 milhões de euros nos próximos 40 anos!".
É conhecida a falta de funcionários e organização no Tribunal e foi disso que se tratou, levando a Ordem dos Advogados, por unanimidade a exigir a sua satisfação. E se alguma coisa melhorou no Tribunal de Almeirim, deve-se em primeiro lugar à luta dos Advogados e ao enorme esforço dos Magistrados, Funcionários e Advogados e não a iniciativas presidenciais.
2º Caso - ÁGUAS DO RIBATEJO – O que se sabe sobre esta sua "iniciativa" é de que ela atinge os cidadãos de Almeirim com os maiores aumentos de preços da água jamais vistos até hoje, para além de terem de suportar o pagamento de mais de 220 milhões de euros em 40 anos. Concerteza o senhor fará ideia dos investimentos que podiam beneficiar Almeirim com estes meios financeiros. Será que retirar aos reformados os benefícios, fazendo-lhe aumentar a água para mais do dobro, é uma boa acção? Um projecto de sucesso?

3.º Caso - LIDERANÇA E OUTRAS COISAS MAIS – Dá para rir a questão da liderança! A não ser quem o rodeia, já mais ninguém acredita nessa sua qualidade! O senhor ainda não compreendeu, que pelo menos nos últimos 4 anos deixou de liderar o que quer que liderasse e é o exemplo "porque tantos políticos acabam tantas vezes por ficar associados a más políticas".
O senhor, ultimamente, parece ter esquecido a principal razão pela qual foi eleito, ou seja, a defesa dos interesses públicos do Concelho de Almeirim e colocou na sua gaveta projectos essenciais ao desenvolvimento da nossa terra. Aliás ninguém neste momento conhece qualquer projecto estrutural para o nosso Concelho.
Enumero apenas alguns que estão na gaveta.
- Projecto de investimentos para a construção da central de biomassa
- Projecto para a Compal fornecer água quente para as piscinas municipais, gratuitamente
- Projecto da circular externa de Fazendas de Almeirim (projecto regularizador urbano e de desenvolvimento)
- Projecto do Centro Cultural de Fazendas de Almeirim
- Revisão do Plano Director Municipal que dura há 8 anos
Se esqueceu tudo isto, não será difícil, como pretende, esquecer o Dr. Vítor Figueiredo.
Ao Presidente da Junta que considera “depreciativo” o conceito “Charneco” digo que sinto muita honra em ser considerado "Charneco", pela sua cultura, dignidade, postura, moral, ética e comportamento solidário um "Charneco nunca verga". Ao lutar pela sua honra e dignidade , valores familiares e amizade solidária "Os Charnecos" são um exemplo para muitos outros; é esta cultura e comportamento que me ensinaram e que quero continuar a transmitir, desde logo aos meus filhos. Os que não gostam de ser “Charnecos", paciência!
Em relação às divagações sobre Politica/Festas/Religião, nem sequer comento.
Ao Militante Indignado Domingos Martins, digo que podia esperar pela decisão judicial, uma vez que, ao que sei foi convidado como testemunha do Presidente. Por vezes distraímo-nos e pela distracção e está desculpado.
Ao Presidente da Câmara, digo, se o odiasse, estaria doente, porque o ódio é isso, uma doença que destrói tudo no ser humano e graças a Deus não sofro de tal doença.
Em relação ao “bem” que me fez, não me lembro de tal, mas admito que sim. Mas, se o “pagamento”, seria não ter opinião própria então deveria primeiro ter-me perguntado se eu queria pagar tal preço. Como se diz por cá: tinha-o “desenganado” num minuto.
Afinal, o que incomoda: as “falsidades”? Ou as verdades?

Fazendas de Almeirim, 17 de Setembro de 2007.
Vítor Figueiredo.