O FREGUÊS DAS FAZENDAS

Wednesday, January 03, 2007

Vinho&ZurrapaVII

Publicado no jornal "O Almeirinense" de 2007/01/01.

O Vinho
Saída da crise descoberta em Almeirim

Acontecimento real:
Na loja do Sr. Belmiro na Cidade, uma cliente em frente à prateleira observava os presépios à venda.
Havia uma caixa com nove figuras e custava cerca de sete euros, a senhora e porque a caixa não estava inviolável, abriu e observou as pequenas figurinhas, (procedimento regular a partir do momento em que pagou uma caixa com meias e só levou a caixa para casa).
Ao lado uma única caixa com outro presépio que anunciava onze figurinhas e custava cerca de dez euros, também por se poder abrir, a senhora fê-lo para observar a diferença.
Espanto, quando verificou que só tinha nove figurinhas e não onze, faltava a vaca e o burro representados na caixa.
Ora, conclusão da assistente entretanto chamada e da senhora, uma alma inteligente, havia retirado duas figuras, passando-os para uma caixa de um presépio das nove figuras, ficando assim com um presépio barato e mais completo, afinal o que seria do Natal sem uma vaca e um burro.
Ilações deste caso:
Manda a Lei, que os nossos impostos sirvam entre muitas coisas, para distribuir a riqueza criada, mas os nossos governos não têm cumprido e o Sr. Belmiro está cada vez mais rico, à custa de muitos pobres.
Em Almeirim descobriu-se a solução para a crise, cumprindo o desígnio da Constituição.
Vamos lá todos à loja do Sr. Belmiro, nas caixas dos televisores LCD “ Worten” ou “Mitsai”, colocamos um da marca “LG” ou “Samsung”, que custam mais €500.
Nas caixas das torradeiras de €30, colocamos uma de €60; nas caixas de telemóveis de €30, colocamos um 3G de €300 e assim sucessivamente, passando depois pela caixa registadora.
O Sr. Belmiro continuará muito rico e a malta poupa umas coroas e ajuda na distribuição da riqueza criada.

A Zurrapa

Os caminhos que a discussão que se tem feito sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez tem levado, em nada contribuem para a seriedade do que está em causa no Referendo.
1. O direito à vida?
Não é objecto do referendo, mas sim O Castigo do Estado ás mulheres.
2. O facto de os nossos impostos irem contribuir para aquelas intervenções cirúrgicas?
Também já pagamos por exemplo as seringas para toxicodependentes manterem o seu vício ou se curarem.

Em suma, o direito à vida e a concordância com a prática de aborto é uma discussão em que quero participar a partir de doze de Fevereiro próximo e não antes por seriedade com a discussão, que se quer agora até ao referendo.

O que está em causa para o referendo?
A despenalização da interrupção voluntária da gravidez, quando feita em estabelecimento legalmente autorizado, nas primeiras dez semanas.
O Estado decidiu e bem perguntar aos cidadãos, se concordam ou não?
Todas aquelas palavras parecem querer significar muitas coisas, mas não.
Toda aquela frase que vai ser objecto de referendo (consulta popular) significa simplesmente que:
Queremos ou não que:
a) Uma mulher,
b) Que pratique voluntariamente (sua vontade),
c) A Interrupção Voluntária da Gravidez (aborto)
d) Em estabelecimento (clínica ou hospital) legalmente autorizado;
e) Nas primeiras dez semanas de gestação (inicio da gravidez);
f) Seja castigada pelo Poder do Estado ( prisão), por o fazer?
Se queremos o Castigo (punição) do Estado, devemos responder NÂO
Se compreendemos e não queremos o Castigo do Estado para aquela mulher, devemos responder SIM.
Se tiver oportunidade responderei SIM.

Fazendas de Almeirim, 19 de Dezembro de 2006

Excelente 2007 para todos

Vítor Figueiredo

(Mail:ofreguesdasfazendas@sapo.pt e Blog:www.ofreguesdasfazendas.blogspot.com)

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