O FREGUÊS DAS FAZENDAS

Thursday, August 31, 2006

Comentário á entrevista anterior

Jornal " O almeirinense"
CENTRO CÍVICO DE FAZENDAS

Caríssimos leitores, a entrevista do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim, (adiante referido por Pres. da Junta), ao jornal “O Almeirinense” e partindo do princípio que o publicado corresponde às afirmações do mesmo, deixou-me perplexo com tantas asneiras em tão poucas linhas e que assim comento:
1.º - As ofensas pessoais aos autarcas da oposição não merecem quaisquer comentários.
2.º Quanto ao “processo arrastar-se há 6 anos” devia o Sr. Pres. da Junta esclarecer que processo? Uma vez que há 6 anos a Câmara celebrou com legítimos proprietários e possuidores do terreno do antigo parque de estacionamento, um acordo, pagou o preço acordado e entrou na posse do prédio, tanto que fez o parque, conforme havia prometido e a Junta de Freguesia na altura aplaudiu esta atitude da Câmara.
3.º Em relação à troca do terreno do novo parque com o terreno do velho parque, foi negociada em 2005/2006, entre uma firma de construção civil e a Câmara, e não entre o firma e o Sr. Presidente da Câmara ou da Junta de Freguesia, uma vez que últimos nada têm no local.
4.º Quanto à vantagem para para a Vila, ainda que seja o único burro em matemática no Concelho de Almeirim, gostava que o Sr. Pres. da Junta me esclarecesse, como é que o terreno do novo parque, com menos área, consegue ser mais amplo, que o terreno do antigo parque. Também seria útil, uma vez que o Sr. Pres. da Junta realça a ignorância alheia, que informasse quais as áreas correctas dos terrenos do novo e antigo parque, objecto de troca.
5.º Se o terreno do novo parque albergará um edifício público e uma vez que todo a zona tem edifícios projectados, onde serão as zonas de estacionamento?
6.º Quando o Sr. Pres. da Junta fala em “ nós trocámos e nosso”, refere-se a quê? Uma vez que não sendo accionista da firma, e também não tenho noticia de o Sr. Pres. da Junta ter já sucedido ao Sr. Pres. Sousa Gomes, visto serem a Câmara e a firma os intervenientes no negócio.
7.º Para a Junta “ficar com os terrenos envolventes”, entre o novo parque e a igreja, onde estão projectados edifícios em toda a extensão e que pertencem a particulares, o que oferece a Junta em troca? Porque de valor para a troca só tem a Herdade dos Gagos, ou quanto pagará?
8.º Em relação “à profundidade da vala”, quem se enganou? Os técnicos que trabalhavam para a Câmara no mandato do Sr. Alfredo Calado, que projectaram a vala com mais do dobro da capacidade da actual, ou os técnicos que trabalham para a Câmara actualmente? Também me lembro, aquando dos últimos arranjos na Rua Marechal Craveiro Lopes, Junto ao “ Café Águas” já com as obras executadas, teve de se partir tudo, pois a vala executada, não tinha capacidade para metade da água que lá corre.
Deixando a entrevista, e como cidadão algo informado e muito preocupado, ainda sobre o tema digo:
Assisti à última sessão da Assembleia de Freguesia, nos termos da lei, questionei a Junta de Freguesia do seguinte modo:
a) A Junta de Freguesia foi consultada pela Câmara, sobre o projecto do “Centro Cívico” e sobre a troca de terrenos dos parques de estacionamento?
b) Se Sim, Qual a posição oficial?
c) Se não, porquê?

Aguardo há cerca de um mês a resposta.
Também divulgo a informação oficial dada pelo Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia, que este órgão, embora sendo o mais importante na Freguesia “ainda não teve conhecimento oficial de nada do que se está a passar”.
Penso ainda que seria importante a Câmara esclarecer toda esta problemática aos Fazendenses, em particular, e a todo o Concelho, em geral.
Porque trocou um parque construído com mais área, com árvores grandes, por um terreno mais pequeno, onde teve de construir um novo parque, com dinheiros de bancos que os munícipes terão de pagar com juros?
O que ganhou a Câmara? E as Fazendas?
Nota. Se a empresa ganhou, parabéns, porque esse é o seu negócio, e ainda bem para poder continuar a dar trabalho e a investir na nossa terra, se tivesse perdido também se sabe que faz parte da actividade.
Por fim, penso que também é hora de acordar Fazendas!
Fazendas de Almeirim, 21 de Julho de 2006
Um abraço de um dos 99 por cento dos Fazendenses que perdeu com o negócio.
Vítor Figueiredo

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